quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Os pensadores e a santidade

A auréola da santidade sempre encantou as grandes inteligências curiosas da verdade e sempre empolgou os grandes corações amantes da beleza.
O filósofo Henri Bergson passou anos a fio tentando decifrar a essência da mística cristã, que sempre o encheu de admiração. O psicólogo Carl Gustavo Jung descobre o “inconsciente coletivo” envolvido na luminosidade do “numinoso”, única manifestação natural do consciente divino. O romancista Leon Bloy só encontra uma causa para explicar nossa infelicidade: a de não sermos santos. O antropólogo jesuítaTeilhard de Chardin descreve o “meio divino” como o único ambiente propício para que o homem possa encontrar sentido em sua existência terrena. O genial poeta Dante Alighieri conclui sua belíssima Divina Comédia com um verso imortal exaltando o infinito Amor Criador, “Che muove il sol e l’altre stelle”.
O teólogo protestante Paul Tillich ensina que “somente o que é santo pode interessar ao homem de maneira absoluta, e só o que interessa ao homem de maneira absoluta possui o sinal da santidade”.
O teólogo católico Hans Urs Von Balthasar afirma que os santos são a mais importante interpretação do Evangelho, porque são interpretações encarnadas da Palavra de Deus encarnada, “que se fez carne para habitar entre nós”.
Conhecer a vida dos santos é garimpar preciosidades morais e espirituais, que brotam dos aluviões auríferos, escondidos nos rios mais profundos da alma humana purificados pela graça divina.
O saudoso poeta-monge Dom Marcos Barbosa, OSB, na perspicácia de sua meditação beneditina, descobre tesouros de santidade no "sim" de Maria, nas lágrimas de Pedro, nas viagens de Paulo, no sangue de Estevão, na ternura de Inês, na Regra de Bento, na lição de Tomás.
No meado do século passado, tornou-se best-seller o livro de Fülop Miller intitulado “Os santos que abalaram o mundo”, onde ressalta a renúncia de Antão, a inteligência de Agostinho, o amor de Francisco de Assis, a força de vontade de Inácio de Loiola e o êxtase místico de Teresa d’Ávila.

Um comentário:

Vander disse...

Sou acadêmico de Teologia, aqui no Rio Grande do Sul. Estou no 3º semestre e decidi fazer este curso em razão das hagiografias de santos.
Este será o tema de meu TCC, daqui há três anos e, também, da dissertação, assim que concluir a graduação.
Gostaria de intercambiar, pois não são muitas pessoas, com as quais se possa trocar ideias e informações neste campo.